Tratamento

A dependência química é reconhecida como uma doença que apresenta caráter progressivo, muitas vezes responsável por interferir na vida do dependente, afetando a parte psíquica, emocional, física e, consequentemente, a vida social.

Determinadas situações podem aumentar a probabilidade e/ou agravamento de problemas associados ao consumo excessivo de álcool e outras substancias, conhecidos como fatores de risco.

Alguns sintomas da síndrome de abstinência são perceptíveis: tremores, sudorese, irritação, ansiedade entre outros. Assim como alguns sintomas de dependência: desejo incontrolável de usar a substância, a perda de controle (não conseguir parar depois de ter começado o uso), o aumento da tolerância, em alguns casos a perda de peso.

A conscientização e orientação sobre a dependência auxilia a quebrar preconceitos e tabus, evitando que algumas pessoas adotem posturas que inevitavelmente desfavoreçam a recuperação e a reabilitação. Trabalhamos com a possibilidade de construir uma nova vida, ensinando que é possível superar as limitações e dificuldades impostas pela dependência.

A porta de entrada para o tratamento terapêutico adequado a cada caso, tem inicio com uma avaliação da equipe multidisciplinar e a elaboração do Plano de Atendimento Individual. Os acolhidos são encaminhados para atendimento junto a Rede de Atenção a Saúde para prévia avaliação diagnóstica, exames, testes rápidos e vacinas.

1ª FASE – REABILITAÇÃO MENTAL E EMOCIONAL A obsessão e a instabilidade emocional são aspectos da dependência química. Nesta fase a finalidade é a reestruturação física, mental e emocional do acolhido e de seus familiares.

2ª FASE – RESGATE E PRÁTICA DE VALORES Nesta fase buscamos concretizar as mudanças iniciadas na fase anterior, o resgate e a prática de valores éticos, morais e espirituais, promovendo o começo de uma nova vida.

3ª FASE – ACEITAÇÃO E AUTOCONHECIMENTO Nesta fase são desenvolvidas atividades concentradas no auto-conhecimento, tais como inventário pessoal e dinâmicas de grupo. Trabalhando o 4º e 5º passos, o acolhido aperfeiçoará sua recuperação, tendo como conseqüência metas para uma melhor qualidade de vida.
PREVENÇÃO À RECAIDA As atividades de prevenção a recaída tem inicio quando o acolhido é considerado apto a ingressar na prática de reinserção social. São exercícios de conscientização de fatores de risco que levam a possível recaída. Este processo é continuo, ou seja, tem inicio durante o acolhimento terapêutico e se estende pós acolhimento, com acompanhamento junto a Rede de Atenção a Saúde, grupos de mutua ajuda e CAPS-AD.
RESSOCIALIZAÇÃO A saída de ressocialização e reinserção social é a prática de um novo estilo de vida. Nesta fase terá início a reintegração sócio-afetiva do acolhido em seu meio social de convívio diário, o retorno para o convívio familiar e sociedade. Todo período de tratamento, incluindo o processo de readaptação e reinserção é acompanhado com avaliações periódicas da Equipe Multidisciplinar.

Através das atividades de fortalecimento de vínculos de cunho social e educacional, a Equipe busca proporcionar aos acolhidos uma mudança de comportamento e bem estar. Dentre as atividades previstas no nosso Projeto Terapêutico, temos: padaria artesanal, olericultura, jardinagem, horticultura, nutrição, artesanato, enxertia de mudas, parceria com o sistema de ensino CEEJA do município que tem como objetivo auxiliar as pessoas a concluírem os ciclos escolares (ensino fundamental e médio), entre outras.

Durante o acolhimento priorizamos um tratamento humanizado e a participação dos familiares na recuperação dos acolhidos. Este apoio é fundamental para que as pessoas de seu convívio também sejam orientadas e encaminhadas para grupos de apoio. Durante e pós acolhimento, orientamos os familiares por meio de contatos telefônicos e palestras motivacionais nos dias de visita.

Na primeira fase de acompanhamento pós-alta é realizado o primeiro contato telefônico a fim de orientar familiares e acolhidos sobre a necessidade de manutenção do tratamento. Este processo tem inicio com orientações e encaminhamentos para CAPS-AD locais e/ou próximos, dando ênfase no atendimento ambulatorial (SUS) da cidade local e participação dos grupos de apoio (AA, N.A, Amor exigente, Nar-Anon, Etc).

Na segunda fase pós-tratamento é realizada a abordagem educativa como forma de instrumento de coleta de dados para a avaliação da competência inicial. O acompanhamento por telefone como estratégia de intervenção de tratamento tem aspectos positivos durante o processo de aplicação de resultados.

REFERÊNCIAS PARA ENCAMINHAMENTOS DURANTE E PÓS TRATAMENTO (ACOLHIDOS E FAMILIARES):
Assistência Social da Cidade de Miracatu/SP
Sistema Único de Saúde – Hospital de Miracatu/SP
Hospital D.I.A (particular e convênio) – Vila Mariana – São Paulo/SP
CAPS AD – Locais e demais regiões
Unidade de pronto Atendimento (UPA) – Local e demais regiões
Grupos de mutua ajuda (NA, AA, Nar Anon, Al Anon, Amor Exigente)
VIVAVOZ 132 – Orientações e informações sobre prevenção do uso de drogas. (Telefonema gratuito e sigiloso)